XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM LUCAS 21,5-19 - Juan Diego Giraldo Aristizábal, PSS



  • XXXIII DOMINGO  DO TEMPO COMUM

    LUCAS 21,5-19

     

       No Evangelho de hoje as pessoas fazem duas perguntas a Jesus sobre o fim de tudo: “Quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?” (v.7). Jesus não responde a estas perguntas, mas aproveita para dar uma mensagem: Como viver o momento presente?  Às vezes estamos tão preocupados pelo “quando” e o “como” do fim do mundo que esquecemos de “viver o momento presente em função do futuro”.

     

       1.      CONFIANÇA

    Tudo passa, Deus permanece: “Tudo será destruído” (v.6); “Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça” (v.18). Mesmo se tudo será destruído, o amor de Deus permanecerá. O importante, então, não é pensar se tudo terá um fim, mas ter consciência que só o amor de Deus por nós não passará jamais. Isto nos ajuda a diferenciar o passageiro do eterno; o trivial do fundamental; o secundário do essencial. Quantas energias e forças perdemos quando não sabemos distinguir “o que passa” e o que “não passa jamais”!

     

       2.      DISCERNIMENTO

    Distinguir o que é de Deus e o que não vem d’Ele: “Cuidado para não serdes enganados. Não sigais essa gente” (v.8). Existem movimentos chamados “milenaristas” e pregadores irresponsáveis que gostam de falar sempre sobre o “fim do mundo” como um modo de atingir a atenção de pessoas ingênuas e atrair seguidores. Isso não pertence a Deus! Jesus quer que estejamos sempre atentos para não deixar-nos atingir por esta atitude que quer semear em nós o medo e mover-nos à conversão pela força do temor. E mesmo que estas coisas aconteçam “não será logo o fim” (v.9). Sabemos que sempre, em toda a história da humanidade, existiram doenças, guerras, perseguições, etc. E o fim não chegou com elas.

     

       3.      TESTEMUNHO

    Sermos sinais do amor de Deus na história: “Esta será ocasião em que testemunhareis a vossa fé” (v.13). Jesus fala em perseguições por causa do seu nome, e da sua assistência para poder resistir a elas com fé, valentia e perseverança. Existem hoje muitas situações de diferentes índoles que se opõem ao projeto de Deus. E, o que fazer? Fugir? Cruzar os braços? Escandalizar-nos? Sermos indiferentes? Encher-nos de medo? De jeito nenhum! É inevitável estarmos no mundo, e é justamente nesta realidade que temos de ser fermento, termos a coragem de mostrar a dimensão do amor de Deus capaz de transformar tudo. Sabemos que a força para responder a este desafio vem do mesmo Jesus Cristo: “Eu vos darei palavras tão acertadas, que ninguém vos poderá resistir ou rebater” (v.15).

     

    Bela conclusão a do Evangelho: à pergunta pelo “quando e como”, poderíamos dizer, Jesus responde: “É PERMANECENDO FIRMES QUE IREIS GANHAR A VIDA!”. (v.19). Só pela fidelidade de Deus podemos ir até o fim.

     

    Juan Diego Giraldo Aristizábal, PSS