DOMINGO III DA PÁSCOA – João 21,1-19 - Juan Diego Giraldo Aristizábal, PSS



  • DOMINGO III DA PÁSCOA – João 21,1-19

     

     

     

       Proponho a meditação deste Domingo a partir dos termos “presença” e “ausência”, e do fato que “Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos” (v.14).

     

       1. Presença – Ausente: (está presente, mas não é percebido): “Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus” (v.4). De fato, os discípulos “não pescaram nada naquela noite” (v.3). Assim, mesmo que para nós cristãos Jesus está vivo, muitas vezes vivemos como se Ele estivesse morto, e então vivemos na noite da infecundidade.

     

       2. Presença – Presente: (está presente e se torna significativo porque percebido): “É o Senhor” (v.7). E é na obediência a sua palavra: “Lançai a rede” (v.6), que podem experimentar a eficácia da sua presencia, de fato a rede “estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes” (v.11). Assim, reconhecendo o Senhor que venceu o poder da morte e o pecado a nossa vida se torna fecunda.

     

       3. Ausência – Presente: (fisicamente ausente, mas presente dum modo totalmente novo, significativo e eficaz): O Senhor pergunta três vezes a Pedro “me amas” (Cfr. v. 15-17). E já que só pode perguntar pelo amor quem ama, Jesus sara o coração de Pedro das suas três negações. As três perguntas pedagogicamente, vão trazendo à memória de Pedro o amor pelo mestre que com as três negações tinha ocultado. Assim, Jesus pode confiar a Pedro a tarefa de amar o que Ele ama: “Apascenta os meus cordeiros ... as minhas ovelhas” (Cfr. v. 15-17). O Amor que está vivo se faz presente a través dos que, amados por Ele, amam o que Ele ama. Um amor que, como o mestre, doa a vida (a morte com que Pedro iria glorificar a Deus) Cfr. v. 18-19.

     

       Eis aí o desafio do cristão: deixamo-nos interpelar por Jesus com a pergunta fundamental: “tu me amas?”, porque só assim podemos experimentar a cura da nossa resistência ao amor, o regresso à raiz da nossa fé, como resposta ao amor que recebemos, e assim, amando fazer presente o Ressuscitado, porque o amor dos cristãos é o sinal mais crível do Amor que está vivo.

     

     

     

    Juan Diego Giraldo Aristizábal, PSS