Para refletirmos:
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Para refletirmos:
Cenário: uma piscina com cinco pórticos, onde os doentes seriam curados ao mover das águas. Um homem que estava há trinta e oito anos esperando sua vez, mas ninguém o ajudava. Quanto sofrimento e quanta esperança ao mesmo tempo!
Então chega Jesus, que na cruz receberá cinco chagas, de onde jorrarão sangue e água, e cura o homem que há tantos anos esperava. Para o povo judeu, quarenta anos é um tempo completo, ou mesmo uma vida toda, portanto, trinta e oito anos é quase uma vida chegando ao fim.
Jesus é a verdadeira “piscina” onde fomos mergulhados no dia do nosso
batismo e devemos mergulhar sempre que rezamos e recebemos os sacramentos da Igreja, sobretudo a Eucaristia e a confissão. O homem não tinha quem o ajudasse a chegar até a água. Mas Jesus, o Emanuel, o Deus-conosco está próximo de quem o invoca.
Após curar o homem, Jesus ordena que se levante e carregue com ele sua própria cama. Aquela cama seria o testemunho e a recordação do que Jesus fez por ele. Sim, somos fracos de memória e curtos de gratidão. Esquecemos fácil o que Deus fez por nós, por isso Ele perdoa e cura o nosso passado, mas carregamos a memória do que fomos e superamos.
Todavia, a cura que aquele homem recebeu estava nas mãos dele. Ele
precisava fazer dar frutos. “Eis que estás curado. Não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior”. É óbvio que Jesus não estava ameaçando o homem de ficar paralítico de novo. Disse isso para que entendesse que a partir daquele momento ele precisava pôr seus olhos em Jesus, para que não tivesse o coração paralisado e se tornasse instrumento e testemunho do poder de Cristo. Afinal, existe, sim, coisa pior do que estar de cama e ser paralítico: perder a graça de Deus e a salvação da vida.