COMEMORAÇÃO DOS FIÉIS DEFUNTOS - Juan Diego Giraldo Aristizábal, PSS



  • COMEMORAÇÃO DOS FIÉIS DEFUNTOS

     

    “Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos, oferecendo sufrágios em seu favor, particularmente o Sacrifício Eucarístico para que, purificados de seus pecados pelo sacrifício da Cruz, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também a esmola, as indulgências e as obras de penitência a favor dos defuntos:

     

    «Socorramo-los e façamos comemoração deles. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício do seu pai por que duvidar de que as nossas oferendas pelos defuntos lhes levam alguma consolação? […] Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer por eles as nossas orações» (S. J. Crisóstomo). CIC 1032

     

    A Palavra ilumina esta realidade:

     

       1. O amor é mais forte do que a morte. Deus nos prometeu amor eterno. "E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5,5). "Ora, esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia. Esta é a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6, 39-40).

     

       2. O Batismo nos insere neste amor de Deus em Cristo, por isso participaremos da Ressurreição. “Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido” (1Tes 4).

     

       3. Rezamos pelos defuntos como uma experiência de comunhão de amor. Porque acreditamos no Amor, sabemos que o Amor não entrega à morte àqueles que ama. “Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim. Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram: Quem comer deste pão viverá eternamente” (Jo 6).

     

    “A tradição da Igreja exortou sempre a rezar pelos mortos. O fundamento da oração de sufrágio encontra-se na comunhão do Corpo Místico… Por conseguinte, recomenda a visita aos cemitérios, o adorno dos sepulcros e o sufrágio, como testemunho de esperança confiante, apesar dos sofrimentos pela separação dos entes queridos” (S Joao Paulo II).

     

    «Enterrai este corpo não importa onde! Não vos dê isso qualquer cuidado! Tudo o que vos peço é que vos lembreis de mim diante do altar do Senhor, onde quer que estejais» (S. Mônica).

     

    Apresentando a Deus as nossas súplicas pelos que morreram, tenham embora sido pecadores, nós […] apresentamos Cristo imolado pelos nossos pecados, tornando assim propício, para eles e para nós, o Deus que é amigo dos homens» (Cirilo de Jerusalém) CIC 1372.

     

    Juan Diego Giraldo Aristizábal, PSS