A SINFONIA, A ÓPERA, O COMPOSITOR E O MAESTRO (infinito e eterno em harmonia) - do inacabado - Marcos Carvalho
-
Sexto ato:
As consequências lógicas...
Desencadeiam-se naturais.
Diante de insofismável ser...
E sua indelével existência,
Realidades iguais ou maiores...
Nunca se apresentaram.
Inteligências mais capazes...
Jamais se demonstraram.
Possíveis poderes superiores,
Sequer, deram-se a revelar.
Sétimo ato:
Nada maior quis aparecer...
Oniciente sabedor de tudo...
Onipotente poderoso ente...
Onipresente forma real.
Ninguém desejou-se melhor...
Percebido e reconhecido.
Tudo... todos curvam-se...
Ao simples incontestável.
A verdade tornou-se, pois,
Evidente, nos fatos dados.
O absoluto impõe-se, firme,
Única referência existencial.
Desta realidade não se deve...
Arriscar conclusão alguma.
Existência única, perfeita...
Aparência igual na forma...
Heterogêneos entes vivos.
Dualidade abrangente, pura...
Universo e seu cosmos...
Uma etérea e sublime união.
Oitavo ato:
Na origem de seu avançar...
Revela a evolutiva constância.
No firmar-se vai garantindo...
Sua perpetuidade ontológica.
Na determinação imposta,
Sua firmeza vai conferindo...
O seu prosseguir ileso.
Incólumes, sustentam...
Seu engendrado projeto.
Gran final:
Mais do que um real fato...
Feito um ato, consumado...
Assim se dá o acontecido.
Cosmo e universo, reais...
Instantes e limites metafísicos,
Entendidos como irrestritos,
Põem-se as circunstâncias...
Em situações seguras de ser...
Fora de tempo e de lugar.
Querem fazer seres reais...
Em reais consistências...
Contingentes e necessárias.
Assim estabelece-se, pois,
A dicotomia da criação:
O criador e sua criatura:
Quero dizer: Deus e sua obra.
Marcos Carvalho