XXI DOMINGO COMUM – João 6,60-69

 

 

   Hoje terminamos a leitura do discurso do pão da vida. Eu proponho alguns elementos para nossa meditação.

Comer o corpo e beber o sangue de Cristo é reconhecer (crer) n’Ele a vida que nos traz a salvação e nos capacita para o amor.

 

   1. “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” (v.60): É difícil entrar na dinâmica de Jesus, ou seja, reconhecê-lo como vida e assimilá-lo de tal modo que sejamos, como Ele, pão partido. “O escândalo provém do fato de que Jesus afirmou ter descido do céu" (cf. 6,5; Bíblia de Jerusalém). Pela ascensão “voltará” à sua origem.

 

   2. “O Espírito é que dá vida” (v. 63): O discurso do pão da vida só pode ser compreendido pela ação do Espírito. Assumir a proposta de Jesus só é possível pela ação do Espírito do Amor em nós. Finalmente, segui-lo, alimentar-se d’Ele e ser o seu sinal no mundo é uma graça.

 

   3. “Muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com Ele” (v. 66). A vida cristã não é sentimentalismo ou simples devocionismo ou procurar no nome de Jesus os nossos próprios interesses (não procurar a Jesus, o Pão da vida, mas procurá-lo porque nos dá “pão”). A fé implica decidir-se por Jesus. Por isso, a pergunta: “Vós também quereis ir-vos?” (v. 67). Alguma vez ouvi: “muitos querem milagres, mas não querem ser discípulos”.

 

   4. “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna” (v. 68). Esta é a convicção que nos move: em Jesus encontramos a vida. Só Ele pode nos liberar do poder do pecado; só Ele pode saciar e preencher o nosso coração e os nossos anseios mais profundos; só Ele nos arranca do desamor e nos introduz na nova realidade do Amor, cuja maior expressão é sua entrega por nós.

 

 

Juan Diego Giraldo Aristizábal, PSS