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Conclusão e desfecho
No final quais as sobras ?
Um tanto de sopa no prato ?
O barco esquecido na orla ?
O que sobra ?
O que fica por fazer ?
A barba, amigos para rever,
desejos muitos, adiados;
ideais, já nas idéias, reais ?
Ainda dá tempo de aprender :
- Não somos máquinas de fomentos,
ou mágicos, tornando fácil o difícil:
nem mesmo super-homens somos,
resta-nos a garantia da frágil idade.
Adsorver nossos momentos de inventos,
nossos tempos de mormaço,
assim como nossos lapsos.
Intuir que jamais soubemos
nem o hoje e nem mesmo este momento.
Vida vida é presente,
a que se nos apresenta.
Amigos, os que conosco estão,
não os que escolhemos, os ungidos,
ou os que haveríamos escolhido.
Não estar só já é uma grande ventura,
se há muitos conosco e por nós escolhidos,
somos campeões de amizade habilitados.
De verdade, se há alguém que apague a luz
e feche a cortina, alguém que nos dê a papa
e mãos generosas que nos lavam,
já temos muito, muito ricos somos.
Ricos de amor, de amizade e de afeto.
Deixar para trás tudo isso,
não é deixar sobras, é partir com o coração pleno,
a alma clarificada, luminescente e iluminada,
pensando sempre como é bela a eterna estrada.
Geraldo Felix Lima
