A VOZ DO PASTOR - POVO UNIDO NA UNIDADE DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO




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  • POVO UNIDO NA UNIDADE DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO

    Encerradas as Solenidades Pascais, a sabedoria da Igreja nos faz refletir,

    rezar e viver a partir de realidades professadas pela nossa fé, a saber, a Santíssima

    Trindade, o Corpo e o Sangue de Cristo e o Sagrado Coração de Jesus. Primeiro

    contemplamos, como se estivéssemos diante de um grande painel, a Santíssima

    Trindade, o Pai e o Filho e o Espírito Santo. O olhar da fé nos conduz depois à

    Eucaristia, instituída por Jesus antes de sua Paixão, para enfim nos extasiarmos

    com o Mistério de seu Coração, quando nossa realidade tão humana e limitada

    penetra no amor infinito que pede igualmente amor, malgrado nossas inúmeras

    limitações. Encerradas as Solenidades Pascais, a sabedoria da Igreja nos faz

    refletir, rezar e viver a partir de realidades professadas pela nossa fé, a saber, a

    Santíssima Trindade, o Corpo e o Sangue de Cristo e o Sagrado Coração de Jesus.

    Primeiro contemplamos, como se estivéssemos diante de um grande painel, a

    Santíssima Trindade, o Pai e o Filho e o Espírito Santo. O olhar da fé nos conduz

    depois à Eucaristia, instituída por Jesus antes de sua Paixão, para enfim nos

    extasiarmos com o Mistério de seu Coração, quando nossa realidade tão humana

    e limitada penetra no amor infinito que pede igualmente amor, malgrado nossas

    inúmeras limitações. 

    Com certa frequência encontro, entoada em nossas Paróquias e

    Comunidades, um canto tão antigo quanto verdadeiro nas palavras que nos fazem

    renovar os compromissos cristãos: “Eu confio em Nosso Senhor com fé, esperança

    e amor! Creio em Deus, uno, trino e eterno, que criou o céu, a terra e o mar, sou

    católico, firme e sincero, a meu Deus aprendi a adorar. Eu espero salvar a minha

    alma, com o auxílio da graça de Deus, cumprirei sempre os Dez Mandamentos, que

    abrem as portas do céu. Amo a Deus sobre todas as coisas e lhe dou este meu

    coração, amo o próximo como a mim mesmo, pois o próximo é nosso irmão”.

    Já ouvimos muitas vezes e professamos com convicção, que Deus não é

    solidão, mas família trinitária, Pai e Filho e Espírito Santo. Três pessoas unidas

    eternamente no amor infinito, do qual somos chamados a participar, tanto que “a

    Igreja toda aparece como «um povo unido pela unidade do Pai e do Filho e do

    Espírito Santo” (Lumen Gentium, 4).

    Somos convidados a repetir, com o Papa São Paulo VI: “Cremos em um só

    Deus - Pai, Filho e Espírito Santo - Criador das coisas visíveis - como este mundo,

    onde se desenrola nossa vida passageira -, Criador das coisas invisíveis - como são

    os puros espíritos, que também chamamos anjos -, Criador igualmente, em cada

    homem, da alma espiritual e imortal. Cremos que este Deus único é tão

    absolutamente uno em sua essência santíssima como em todas as suas demais

    perfeições: na sua onipotência, na sua ciência infinita, na sua providência, na sua

    vontade e no seu amor. Ele é aquele que é, conforme ele próprio revelou a Moisés

    (cf. Ex 3,14); ele é Amor como nos ensinou o Apóstolo São João (cf. 1Jo 4,8); de tal

    maneira que estes dois nomes - ser e amor - exprimem inefavelmente a mesma

    divina essência daquele que se quis manifestar a nós e que, habitando uma luz

    inacessível (cf. 1Tm 6,16), está, por si mesmo, acima de todo nome, de todas as

    coisas e de todas as inteligências criadas. Só Deus pode dar-nos um conhecimento

    exato e pleno de si mesmo, revelando-se como Pai e Filho e Espírito Santo, de cuja

    vida eterna somos pela graça chamados a participar, aqui na terra, na obscuridade

    da fé, e, depois da morte, na luz sempiterna. As relações mútuas, que constituem

    eternamente as Três Pessoas, sendo, cada uma delas, o único e mesmo ser Divino,

    perfazem a bem-aventurada vida íntima do Deus Santíssimo, infinitamente acima

    de tudo o que podemos conceber à maneira humana. Entretanto, rendemos graças

    à Bondade divina pelo fato de poderem numerosíssimas pessoas de fé dar

    testemunho conosco, diante dos homens, sobre a unidade de Deus, embora não

    conheçam o mistério da Santíssima Trindade. Cremos, portanto, em Deus Pai que

    desde toda a eternidade gera o Filho; cremos no Filho, Verbo de Deus que é

    eternamente gerado; cremos no Espírito Santo, Pessoa incriada, que procede do

    Pai e do Filho como Amor sempiterno de ambos. Assim nas três Pessoas Divinas

    que são igualmente eternas e iguais entre si, a vida e a felicidade de Deus

    perfeitamente uno superabundam e se consumam na superexcelência e glória

    próprias da Essência incriada; e sempre se deve venerar a unidade na Trindade e

    a Trindade na unidade” (cf. Homilia do dia 30 de junho de 1968).

    Foi proposital a transcrição do texto de São Paulo VI, sugerindo que todos

    nós o rezemos com a mesma convicção e força! 

    No dia do Batismo, recebemos três presentes. A fé, certeza daquilo que não

    se vê, é o primeiro presente, e se expressa no seguimento de Jesus Cristo,

    professando o que a Igreja professa e testemunhando com nossa vida, diante de

    todos. Segundo presente é a esperança, a certeza de que nossa vida neste mundo

    tem sentido, e que somos chamados à plenitude da eternidade, sabendo que esta

    esperança não nos ilude, como afirmamos a cada passo do Ano Jubilar. A fé

    encontrará sua realização nas portas da eternidade, na visão beatífica que nos é

    prometida. Também a Esperança será alcançada, mas o terceiro presente, o amor

    de caridade será levado para a eternidade, como a linguagem permanente e

    superabundante da comunhão com Deus, uno, trino e eterno!

    Até lá, vivemos a fé, professando as verdades que nos foram reveladas por

    aquele que é Caminho, Verdade e Vida, Nosso Senhor Jesus Cristo, e confiadas à

    Igreja. Enquanto esperamos a sua vinda gloriosa, anunciaremos sua morte e

    ressurreição, infundindo esperança em nossos corações e no próprio mundo. No

    dia a dia, cabe-nos amar a Deus de todo o coração, amar o próximo como a nós

    mesmos e amar-nos reciprocamente, para praticar o mandamento novo de Jesus,

    para que o mundo creia!

    Cotidianamente, tendo sido batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito

    Santo, iniciaremos nossos dias, trabalhos e orações em nome do Pai e do Filho e

    do Espírito Santo, e daremos Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, nas

    orações e na vida!

    DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA

    ARCEBISPO METROPOLITANO DE BELÉM/PARÁ

    FONTE: www.arquidiocesedebelem.org.br